Acompanhar o ritmo das mudanças do mercado é o principal desafio de CEOs para os próximos anos, segundo o estudo “A empresa do futuro”, realizado pela Unidade de Inteligência do Economist, em parceria com a IBM. A análise indica que 83% dos entrevistados vislumbram importantes mudanças no futuro, um crescimento de 28% em relação aos resultados da pesquisa do ano anterior. Entre os brasileiros, 68% dos executivos participantes também têm essa expectativa.
Apesar de estarem alertas a essa provável transformação, 39% dos CEOs se sentem despreparados para lidar com novos cenários. Eles apontam um gap de 22% entre a capacidade de suas organizações gereciarem mudanças e suas expectativas quanto ao nível de transformações que precisarão administrar. Em 2006, o porcentual era de 8%. Para os executivos latino-americanos, sua habilidade para lidar com as mudanças é 5% menor do que a necessidade que se apresentará nos próximos anos.
Além disso, 86% dos participantes da pesquisa planejam mudar seu mix de competências, conhecimentos e recursos. No Brasil, 78% dos executivos entrevistados têm essa preocupação.
Clientes são principal fonte das mudança
A principal fonte de mudanças para os entrevistados é sua própria base de clientes, principalmente devido ao surgimento de duas categorias de clientes: os “famintos por informação” e os “preocupados com a sociedade”. O primeiro grupo deseja todo tipo de informação e freqüentemente transmite seus pontos de vista e expectativas via internet. Esses clientes estão trocando o papel passivo por outro mais intenso com as organizações e com outros clientes. Com isso, exigem flexibilidade e capacidade de resposta das empresas com as quais mantém relações.
Para os CEOs, os “famintos por informação” são uma oportunidade para a diferenciação e capitalização de novas oportunidades. Os executivos brasileiros planejam um aumento de 23% nos investimentos nos próximos três anos para atender a esse grupo.
Essa tendência é ainda mais forte entre empresas com melhor desempenho financeiro mundialmente. Os CEOs de companhias desse tipo pretendem aumentar em 36% os investimentos direcionados a essa categoria de clientes. O principal foco serão novas competências operacionais que melhorem a colaboração e a inovação nos produtos, mais adaptados à transparência e adaptados a segmentos de mercado específicos.
Já os clientes do grupo “preocupados com a sociedade” estão se unindo a organizações socialmente responsáveis e demandando cada vez mais produtos e serviços desse tipo. Para os CEOs, apesar dos clientes sempre terem se preocupado com questões sociais, somente agora esses temas estão virando ações.
Nos próximos três anos, os executivos pretendem ampliar investimentos em 25% para entender e atingir esse grupo de clientes. Na América Latina, os CEOs pretendem aumentar apenas 3% os recursos destinados a iniciativas de responsabilidade social corporativa.
O estudo também aponta que os executivos pretendem aproveitar oportuniaddes de integração global - mundialmente, 75% dos CEOs pretendem entrar em novos mercados e 85% esperam atuar com parcerias. Entre os executivos brasileiros, esses porcentuais são, respectivamente, 59% e 86%.
O estudo é baseado em entrevistas com 1.130 CEOs de 40 países e 32 setores da economia, entre o final de 2007 e o início de 2008. Os participantes representam organizações dos setores privados e públicos. Entre as empresas entrevistadas, 19% empregam mais de 50.000 pessoas e 22% têm menos de 1.000 funcionários. A pesquisa é realizada a cada dois anos.
Fonte: computerworld
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
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